Em colaboração com o Taiwan Film and Audiovisual Institute, com o apoio da Oficina Económica y Cultural de Taipei en España e do Centro Económico e Cultural de Taipei em Portugal
Este Ciclo é organizado à volta de King Hu (1931-1997), o realizador que deu as suas cartas de nobreza aos filmes wuxia, isto é, de artes marciais, entre os quais sobressai o clássico A TOUCH OF ZEN, que foi no entanto um fracasso comercial à época, tendo sido remontado pelo produtor, à revelia do realizador. Hubert Niogret, um dos bons conhecedores europeus do cinema do Extremo Oriente (que propõe “filmes de cavalaria” como tradução para wuxia) assinala que “o que distingue King Hu da produção cinematográfica chinesa standard é o cuidado com que realiza os seus filmes”, ao passo que “o conjunto da produção de Hong Kong [onde Hu começou a sua carreira] era de grande mediocridade técnica. King Hu enobreceu o filme de artes marciais, que era constituído até então por produções de baixo nível, limitadas a combates extremamente violentos, que davam satisfação ao público. Nos filmes de King Hu, que vão muito além dos limites dos filmes de artes marciais, os combates nunca são violentos ou sanguinários, são sempre elegantes, coreografados na grande tradição da Ópera de Pequim, de que ele tanto gostava. Os seus melhores filmes, nos quais se manifesta um desejo de perfeição, revelam um domínio excecional da realização pela utilização dos corpos, dos movimentos, da montagem, da respiração musical, do domínio dos cenários, do brilho do guarda–roupa, assim como pelo respeito absoluto da época em que a ação se desenrola. Nitidamente, King Hu considerava o cinema como uma arte, não apenas como um espetáculo. Cineastas como Zhang Yimou, Ang Lee, Tsui Hark e John Woo reconhecem o quanto lhe devem”. Para Stephen Teo, King Hu “negligencia uma narrativa cerrada em favor do puro estilo”, o que faz dele “o mais musical dos realizadores de filmes de artes marciais. Elabora os seus filmes como sinfonias, nas quais a recapitulação de um tema é imperativa para que possa haver prazer: se o ouvinte reconhece o tema, o prazer é acentuado”. No entanto, o percurso deste cineasta, que o levou da China “propriamente dita” a Hong Kong e dali a Taiwan, onde pôde dar o melhor de si, nada teve de linear. Nascido em Pequim (em 1931, segundo uma entrevista sua à Positif e não em 1932, como indicam todas as outras fontes), filho de um geólogo, Hu fez uma estadia em Hong Kong pouco depois do estabelecimento do regime comunista na China e decidiu não voltar para lá. O seu primeiro contacto profissional com o cinema foi como desenhador de cartazes. Logo a seguir e durante cinco anos, trabalhou como ator. Um acontecimento decisivo dá-se em 1958, quando os futuramente célebres irmãos Shaw abrem a sua companhia de produção em Hong Kong, onde o trabalho se fazia em cadeia e onde King Hu vai trabalhar como ator e argumentista, a um ritmo desenfreado e ininterrupto. Em 1963 é-lhe dada a primeira oportunidade de realizar um filme (como executive director de um filme cujo realizador oficial simplesmente não tinha tempo de fazer o trabalho) e dois anos depois assina sozinho DA DI ER NU, conhecido internacionalmente como SONS OF THE GOOD EARTH. A coreografia do filme é de Han Ying-che, antigo aluno da Ópera de Pequim, praticante de artes marciais e artista de circo, cuja influência sobre Hu será fundamental, pois foi ele quem aperfeiçoou a utilização de trampolins para criar a impressão que os personagens voam pelo espaço. Apesar disso, o filme foi bastante alterado pelo produtor, o que levou King Hu a deixar Hong Kong e instalar-se em Taiwan, onde realiza um primeiro filme em 1967, DRAGON INN / LONG MEN KEZHAN, que foi um triunfo de bilheteira na Ásia, tendo ressuscitado e renovado o filme de artes marciais. Quatro anos depois, Hu realiza aquele que talvez seja o seu filme mais ambicioso e que costuma ser considerado a sua obra-prima: A TOUCH OF ZEN. O filme, de uma duração de três horas, é um fracasso comercial e os produtores decidem redistribuí-lo em dois episódios de noventa minutos, que também fracassam comercialmente. Depois destas peripécias, King Hu fundou a sua própria companhia de produção e continuou a sua carreira. Stephen Teo assinala que esta “declinou simultaneamente ao género das artes marciais, que adotou novas formas, híbridas”, mas o reconhecimento da importância e da envergadura deste grande estilista não deixou de aumentar desde o seu falecimento, há trinta e seis anos. Neste Ciclo poderemos ver ou rever quatro longas-metragens deste reconhecido mestre das formas cinematográficas, além de dois episódios de obras coletivas em que ele participou e ainda cinco longas-metragens de prolíficos cineastas que pertencem à constelação do cinema wuxia e à mesma geração que Hu (à exceção de Lung Chien), o que permitirá aos espectadores avaliar semelhanças e diferenças entre King Hu, o mestre do género, e outros nomes que o praticaram: como o seu título indica, este é ao mesmo tempo um Ciclo de autor e de género.
À exceção de A TOUCH OF ZEN / XIA NU, todos os filmes são apresentados pela primeira vez na Cinemateca. As cópias a exibir são versões digitais restauradas pelo Taiwan Film and Audiovisual Institute.
Quarta-Feira [01] | 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sexta-feira [03] | 19h30 | Sala Luís de Pina
DRAGON INN / LONG MEN KEZHAN
de King Hu
com Bai Ying, Shangguan Linfeng, Chun Shih
Taiwan, 1967 – 111 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
a sessão de dia 1 tem apresentação
Este foi o primeiro filme realizado por King Hu em Taiwan e o quinto que realizou. A história é situada no século XV. O eunuco real consegue eliminar o seu principal rival e decide também matar os filhos deste, que estão numa viagem de fuga e se refugiaram numa taberna. Mas as crianças têm protetores secretos, que intervém para salvá-las, entre os quais uma mulher, que é uma das primeiras guerreiras a surgir no cinema de artes marciais. O filme teve grande êxito, mas o realizador foi de opinião que muitos espectadores “não perceberam o seu sentido”, que era criticar o poder ilimitado dos serviços secretos, que se punham acima da lei. O filme é considerado um marco no cinema de artes marciais, precisamente pela maneira como estas são coreografadas e criou novas modas, como as personagens de eunucos todo-poderosos e de mulheres espadachins, que em breve fariam parte dos clichés do género. DRAGON INN marca o início dos grandes anos da carreira e da obra de King Hu.
Sexta-feira [03] 18h00 | Sala Luís de Pina
CONFERÊNCIA: “O Mundo dos Filmes de Artes Marciais: uma Introdução”
Ru-Shou Robert Chen, professor e investigador especializado na História do cinema de Taiwan, contextualiza o lugar do realizador King Hu nessa cinematografia, em particular no cinema wuxia, género popularizado em Portugal como “filmes de artes marciais”.
conferência em inglês, sem tradução simultânea / 60 min | entrada livre mediante levantamento de bilhete 30 minutos antes do início
Quinta-feira [02] | 19h30 | Sala Luís de Pina
Segunda-Feira [06] | 19h30 | Sala Luís de Pina
RAINING IN THE MOUNTAIN / KONG SHAN LING YU
de King Hu
com Hsu Feng, Sun Yueh, Teng Feng
Taiwan, 1979 – 120 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
King Hu definiu este filme como “uma obra sobre o poder”. Situado na época Ming, com a sua ação quase inteiramente confinada a um mosteiro isolado, o filme tem como pretexto narrativo as intrigas para a sucessão do sacerdote-mor do convento, a que se misturam os esforços de dois grupos rivais para se apossarem de um precioso manuscrito guardado no convento. Esta situação narrativa, que desencadeia uma série de conflitos, permite a King Hu demonstrar a sua fabulosa destreza como realizador, nomeadamente no que refere o movimento das personagens e da câmara e no uso refinado e eficiente da cor, que tem uma função ao mesmo tempo plástica e narrativa.
Quinta-feira [02] | 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sexta-feira [10] | 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
THE WHEEL OF LIFE / DA LUNHUI
de King Hu, Li Hsing, Pai Ching-Jui
com Hsue-Fen Peng, Huo-Yen Chiang, Chun Shih
Taiwan, 1983 – 104 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Um filme em episódios, com uma estrutura narrativa mais original do que os habituais pretextos temáticos que presidem estes filmes. Aqui, graças à reincarnação, os mesmos protagonistas aparecem em cada uma das três partes, situadas em três diferentes períodos da história chinesa: a dinastia Ming, os primeiros anos do século XX e os anos de 1980. King Hu escolheu o período Ming, onde situou diversos dos seus filmes e o resultado, talvez devido à duração de meia hora, é mais rápido e direto do que o seu estilo habitual.
Sábado [04] | 18h30 | Sala Luís de Pina
Terça-feira [07] | 21h00 | Sala M. Félix Ribeiro
FOUR MOODS / HIS NOU AI LUEH
de Bai Jing-rui, King Hu, Lee Hsing, Li Hang-hsiang
com Chen Chen, Ou Wai, Li Li-hua
Taiwan, 1970 – 144 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Segundo declarou King Hu numa entrevista à Positif, este filme em episódios “foi feito para reunir fundos e salvar Li Hang-hsiang [que realizou um dos episódios] da falência e da prisão. Mais tarde soube que ele não estava arruinado e tinha dinheiro no banco!”. Como nos filmes em episódios realizados na Europa nos anos 60, este tem um tema genérico, os quatro estados de espírito indicados no título em inglês: felicidade, alegria, tristeza e cólera. O episódio de King Hu, tirado de um espetáculo da Ópera de Pequim, aborda a cólera. A história decorre num albergue cujos donos são ladrões. Explica o realizador: “Há poucos diálogos e embora a ação se passe em plena luz, as personagens comportam-se como se vivessem num lugar escuro e isto cria um efeito cómico.” Na opinião de Stephen Teo este é o filme “em que a dívida de King Hu em relação à Ópera de Pequim é mais nítida, tudo é feito para evocar o teatro, com cenários diminutos e a batida regular de um instrumento de percussão”.
Sábado [04] | 21h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Terça-feira [07] | 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A TOUCH OF ZEN / XIA NU
de King Hu
com Hsu Feng, Shih Chun, Bay Ying
Taiwan, 1971 – 180 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Muitos comentadores consideram A TOUCH OF ZEN (a tradução literal do título chinês, XIA NU, é “a jovem perseguida”) como a obra-prima absoluta de King Hu, pela perfeição da mise en scène na qual se encaixa uma história de vingança e perseguição, levada até ao fim com um refinamento cinematográfico excecional. Baseado num clássico da literatura chinesa, uma coleção de histórias de fantasmas, trata-se de um filme de atmosfera por excelência: um pintor apaixona-se por uma jovem que vive numa fortaleza-fantasma e que é ela própria um espectro. Observando a junção do tema místico e da “ação” vingadora no filme, Hubert Niogret notou que em A TOUCH OF ZEN “a ação é uma marcha justiceira que não conhece limites, a não ser uma mística em que o ser se funde no universo, mostrando brilhantemente como uma ideia filosófica, (o Zen: precisão, auto controlo, ascetismo, eficácia, lealdade) encarna-se nos gestos, na ação. As diversas formas de kung-fu são levadas ao extremo porque transmitem uma ideia e reatam com as suas origens”.
Segunda-feira [06] | 21h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Quarta-feira [08] | 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
LEGEND OF THE MOUNTAIN / SHAN ZHONG ZHUAN QI
de King Hu
com Hsu Feng, Sylvia Chang, Shi Chun
Taiwan, 1979 – 192 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
LEGEND OF THE MOUNTAIN / SHAN ZHONG ZHUAN QI foi realizado imediatamente a seguir a RAINING IN THE MOUNTAIN / KONG SHAN LING YU, em espetaculares paisagens naturais montanhosas na Coreia. Como em outros filmes de King Hu, há um elemento místico no argumento: um grupo de espectros procura a fórmula para uma verdadeira reincarnação, que está contida num texto religioso que um jovem estudante tem a função de recopiar, num mosteiro. Como de costume, o realizador usa ao máximo os efeitos cromáticos e favorece o ambiente em detrimento da narrativa, que é menos importante do que a magia da atmosfera, do que os poderes hipnóticos do cinema sobre o espectador. Stephen Teo é da opinião que este foi o último grande trabalho de King Hu, cuja obra e cujo prestígio entraram em declínio nos seis restantes filmes que faria.
Quinta-feira [09] 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Segunda-feira [13] | 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
VENGEANCE OF THE PHOENIX SISTERS / SAN FENG ZHEN WU LIN
de Chung Hongmin
com Yang Lihua, Liu Qing, Jin Mei
Taiwan, 1968 – 88 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Este é o primeiro dos vinte filmes que Chung Hongmin realizou ao longo de trinta anos, entre 1957 e 1987 (Chung Hongmin também foi montador de mais de cem filmes, entre os quais DRAGON INN, de King Hu). Realizado logo a seguir a este filme, que é considerado um ponto de viragem no cinema de artes marciais, devido ao esmero da realização, VENGEANCE OF THE PHOENIX SISTERS / SAN FENG ZHEN WU LIN, narra, como indica o título e é o caso de muitos filmes de artes marciais, uma história de vingança. Um grupo de bandidos mata um antigo responsável pela lei e a sua mulher. Um criado consegue salvar as três filhas pequenas do casal, que são criadas separadamente. Quinze anos depois, as três procuram vingança, cada qual pelo seu lado (uma delas disfarça-se de homem) e os seus caminhos acabam por se cruzar. O filme pode ser considerado como um dos primeiros a seguir os caminhos apontados por King Hu em direção a um cinema de artes marciais de qualidade.
Quinta-feira [09] |19h30 | Sala Luís de Pina
Terça-feira [14] | 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A CITY CALLED DRAGON / LONG CHENG SHI RI
de Tu Chung-Hsun
com Feng Hsu, Chun Shih, Hui-Lou Chen
Taiwan, 1970 – 90 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Mais um primeiro filme, realizado na esteira do impacto dos filmes de King Hu. Situado, como é regra no género, numa era remota, o filme opõe o imperador e um grupo de rebeldes refugiados nas montanhas. Uma mulher é enviada para buscar planos secretos, que deverá entregar aos rebeldes, mas um político apodera-se dos documentos e ela tem de encontrar maneira de recuperar os documentos e vingar-se do homem. Seguindo a então nova moda no cinema de artes marciais, o papel principal é representado por uma mulher guerreira (Feng Hsu, uma das atrizes preferidas de King Hu) e a encenação dos combates, que são a alma destes filmes, é grandiosa e esmerada.
Sexta-feira [10] 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Terça-feira [14] | 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
THE SWORDSMAN OF ALL SWORDSMEN / YI DAI JIAN WANG
de Joseph Kuo
com Lingfeng Shangguan, Tsai Lai-Chieh, Pearl Yang, Yun Chug-chu
Taiwan, 1968 – 84 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Joseph Kuo assinou nada menos de 61 longas-metragens a partir de 1958, sendo o filme desta sessão o seu sétimo. Como em tantos filmes de artes marciais, trata-se de uma história de vingança, que se desenrola por um período de vinte anos, por parte de um homem que procura aquele que matou o seu pai. Determinado e temível espadachim (a espada é a arma principal no cinema de artes marciais, assim como a pistola é no western), o homem mata pessoas que cruzam o seu caminho e acaba por fazer amizade com uma misteriosa personagem, que talvez seja aquele que busca.
Sábado [11] | 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Quarta-feira [15] | 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
THE BRAVEST REVENGE / WU LIN LONG HU DOU
de Lung Chien
com Lingfeng Shangguan, Peng Tien, Yuan Yi
Taiwan, 1970 – 91 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Lung Chien realizou nada menos de 33 filmes entre 1963 e 1975, três dos quais tiveram entrada no mercado português, quando ninguém levava este cinema a sério, com os seguintes títulos: MASSACRE FINAL, A VIOLÊNCIA DO LEOPARDO e A RAINHA DO KARATÉ. O filme que apresentamos, um dos últimos que realizou, com extrema destreza e elegância, é mais uma história de vingança: os filhos de um homem que foi assassinado por um bandido preparam-se durante cinco anos para se vingarem dele e recebem a ajuda de um grande espadachim. Mas descobrem que têm de enfrentar um exército de cem bandidos antes de chegarem ao homem de quem procuram vingar-se. As diversas reviravoltas e surpresas do argumento permitem ao realizador mostrar a gama das suas capacidades, embora alguns comentadores sejam da opinião que o filme tem elementos de paródia do género que ilustra.
Segunda-feira [13] | 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Quinta-feira [16] | 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
THE GHOST HILL / SHI WAN JIN SHAN
de Shan-Hsi Ting
com Tsai Ing-chieh, Feng Chun-ching, Kung Chin-hsia
Taiwan, 1971 – 90 min / legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Shan-Hsi Ting é mais um prolífico realizador de Taiwan, tendo assinado 56 longas-metragens entre 1966 e 1999, das quais cinco foram distribuídas em Portugal, nos tempos em que o cinema de artes marciais era o género mais popular no mundo e havia salas igualmente “populares” para estes filmes: LUTADOR EM FÚRIA, FÚRIA EM HONG-KONG, A PONTE MAIS LONGA, OS DRAGÕES ATACAM e O BOXEUR INFERNAL. Em THE GHOST HILL / SHI WAN JIN SHAN, o clássico tema da vingança, típico do cinema de artes marciais e por vezes associado ao do aprendiz, assume uma dimensão mais coletiva do que é habitual: um senhor feudal tenta atiçar dois clãs rivais um contra o outro, mas os adversários acabam por unir forças contra ele. O ritmo é rápido do começo ao fim e o filme contém magníficas sequências de batalha.