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Christopher Lee morreu em junho passado, com 93 anos e uma filmografia de mais de duzentos títulos. Seria injusto reduzi-lo à condição de “ator de género” (o “horror movie”), mas o facto é que foi esse o campo que lhe trouxe maior fama e proveito, e que mais fez para o implantar no imaginário cinéfilo colectivo. Em especial a sua colaboração com Terence Fisher, a cuja obra está intimamente ligado, numa série de maravilhosos filmes onde o “horror” é acima de tudo o pretexto para a exposição de um imaginário romântico delirante, em múltiplas variações sobre algumas das figuras mais célebres da tradição cinematográfica do horror, de Frankenstein ao Conde Drácula.

Mas se foi do encontro com Fisher e com os lendários estúdios da Hammer que nasceu o seu trabalho mais significativo, a sua filmografia, antes e depois disso, é riquíssima. Lee, que se tornou ator um pouco por acaso (resolveu “experimentar” a profissão a seguir à Segunda Guerra, quando, depois de desmobilizado das forças especiais do Exército Britânico, se encontrou sem nada de interessante para fazer), participou como secundário em muitos filmes notáveis dos anos cinquenta, e até ao fim da vida manteve-se sempre requisitado, participando nalgumas das mais populares séries das últimas décadas, e criando cumplicidade com alguns cineastas, como Tim Burton, em cujos filmes se tornou presença recorrente.

Este Ciclo, com centro nevrálgico na colaboração Christopher Lee/Terence Fisher, passa em revista várias fases da carreira do ator, incluindo alguns dos projetos mais marginais em que trabalhou, como é o caso da sua colaboração com Pere Portabella.


DARK SHADOWS

Sombras da Escuridão
de Tim Burton
com Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Eva Green, Helena Bonham Carter, Christopher Lee
Estados Unidos, 2012 – 113 min / legendado em português | M/12

Baseado na série “Dark Shadows”, realizada por Dan Curtis e transmitida no canal americano ABC entre 1966 e 1971, DARK SHADOWS recua a finais do século XVIII para uma história de amor desprezado e de uma feiticeira negra que transforma num vampiro e enterra vivo o homem que não a quis. Quando ele regressa ao mundo dos vivos duzentos anos depois, acorda numa mansão familiar do século XX onde conhece a sua excêntrica linhagem e reaprende a lidar com o génio da rapariga, Angelique, que regressa com ele, mas também com o amor obsessivo por ele. Christopher Lee é Silas Clarney, um “rei dos peixes que passa muito do seu tempo no pub The Blue Whale”. “Uma cartografia rápida, e velozmente conduzida, das principais paragens do mundo burtoniano” (Luís Miguel Oliveira, Ípsilon). Primeira exibição na Cinemateca.

Sala M. Félix Ribeiro | Ter. [01] 15:30

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THE CURSE OF FRANKENSTEIN

A Máscara de Frankenstein
de Terence Fisher
com Peter Cushing, Christopher Lee, Hazel Lee, Robert Urguhart
Reino Unido, 1957 – 83 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Vagamente baseado em Frankenstein de Mary Shelley (1818), THE CURSE OF FRANKENSTEIN foi o primeiro filme de terror a cores da Hammer Film Productions, inaugurou a justamente famosa série “Frankenstein” da produtora, estabeleceu a “marca gótica” do “Terror Hammer” e esteve na origem das novas versões de DRACULA e THE MUMMY (1959). Peter Cushing e Christopher Lee juntos, sob a direção de Fisher. Primeira exibição na Cinemateca, a apresentar em cópia digital.

Sala M. Félix Ribeiro | Ter. [01] 19:00 | Qua. [02] 15:30


 THE BATTLE OF THE RIVER PLATE

A Batalha do Rio de Prata
de Michael Powell, Emeric Pressburger
com John Gregson, Anthony Quayle, Peter Finch, Ian Hunter, Jack Gwillim, Bernard Lee, Christopher Lee
Reino Unido, 1956 – 119 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Este Powell/Pressburger pode ser entendido como uma extensão dos seus filmes realizados durante a Segunda Guerra (THE 49TH PARALELL, ONE OF OUR AIRCRAFT IS MISSING). Centra-se na batalha naval travada em 1939 entre a Royal Navy e os alemães e é dividido em três partes: a primeira é dominada pela presença do “Graf Spee”; a segunda foca a batalha, do ponto de vista britânico; a terceira tem lugar em Montevideu, descrevendo o conflito diplomático que opõe as potências adversárias em terreno neutro. Christopher Lee surge no papel do dono de um bar em Montevideu.

Sala M. Félix Ribeiro | Qua. [02] 19:00 | Qui. [03] 15:30

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THE PRIVATE LIFE OF SHERLOCK HOLMES

A Vida Privada de Sherlock Holmes
de Billy Wilder
com Robert Stephens, Colin Blakely, Genevieve Page, Stanley Holloway, Christopher Lee, Irene Handl
Reino Unido, 1970 – 125 min / legendado em espanhol | M/12

A ironia de Billy Wilder vira-se aqui para um dos grandes mitos britânicos: a criação de Conan Doyle e modelo de todos os detetives, Sherlock Holmes, numa notável personificação de Robert Stephens. Esta é a aventura que nos leva ao encontro do monstro de Loch Ness e da Rainha Vitória. “Agora tratava-se de dar uma volta ao célebre casal Holmes-Watson e de dar voz ao que alguns comentadores dos livros de Doyle já há muito tempo andavam a murmurar. Que Holmes, como ele próprio diz no filme, não seria um ‘wholeheart admirer of womankind’ e que no 221B da Baker Street o detetive e o médico não tinham como único passatempo deslindar crimes complicados (‘elementar, meu caro Watson’)” (João Bénard da Costa). Christopher Lee “é” Mycroft Holmes.

Sala M. Félix Ribeiro | Qui. [03] 19:00 | Sex. [04] 15:30

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ILL MET BY MOONLIGHT

Perigo nas Sombras
de Michael Powell, Emeric Pressburger
com Dirk Bogarde, Marius Goring, David Oxley, Cyril Cusack, Christopher Lee
Reino Unido, 1957 – 93 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Do mesmo ano de THE BATTLE OF THE RIVER PLATE, ILL MET BY MOONLIGHT (também conhecido como NIGHT AMBUSH) baseia-se em Ill Met by Moonlight: The Abduction of General Kreipe, de W. Stanley Moss que relata acontecimentos vividos pelo autor durante a Segunda Guerra em Creta. O título cita Shakespeare (A Midsummer Night’s Dream). Foi a última produção da Archers Films. Christopher Lee surge brevemente como oficial alemão.

Sala M. Félix Ribeiro | Sex. [04] 19:00


THE HOUND OF THE BASKERVILLES

O Cão dos Baskervilles
de Terence Fisher
com Peter Cushing, Christopher Lee, André Morell
Reino Unido, 1959 – 87 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Baseado no romance homónimo de Arthur Conan Doyle, é o filme em que Terence Fisher filma Peter Cushing como Sherlock Holmes e Christopher Lee como Henry Baskerville (o Dr. Watson é André Morell). “Christopher Lee num dos vários papéis com que tentou atenuar a sua faceta de vilão (outro papel, mais sugestivo, é o que tem em THE GORGON), num filme que é, não só o melhor Sherlock Holmes do cinema, como um dos filmes maiores de Terence Fisher” (Manuel Cintra Ferreira).

Sala M. Félix Ribeiro | Sex. [04] 21:30 | Qui. [10] 15:30


BITTER VICTORY

Cruel Vitória
de Nicholas Ray
com Richard Burton, Curd Jurgens, Ruth Roman, Raymond Péllegrin, Christopher Lee
Estados Unidos, França, 1957 – 102 min / legendado em português | M/12

É uma das obras mais admiradas de Nicholas Ray, apesar de ter sido manipulada pelos produtores, à revelia do realizador. Richard Burton tem um dos melhores papéis da sua carreira na figura de um oficial que salva uma missão prejudicada pela cobardia do superior (Curd Jurgens) obcecado pela relação que o subalterno tivera com a sua mulher. A juntar a Burton e a Jurgens, o deserto, filmado em scope, ganha o estatuto de protagonista ao acolher a inesquecível e belíssima sequência final. O filme que fez Godard dizer na célebre crítica nos Cahiers: “E o cinema é Nicholas Ray.” Christopher Lee interpreta o papel do Sargento Barney.

Sala M. Félix Ribeiro | Seg. [07] 15:30

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SARABAND FOR DEAD LOVERS

Uma Mulher e Um Trono
de Basil Dearden
com Stewart Granger, Joan Greewood, Flora Robson, Françoise Rosay, Frederick Valk, Christopher Lee
Reino Unido, 1948 – 96 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Drama histórico ambientado no século XVII e baseado em factos verídicos relacionados com a casa de Hanover, SARABAND FOR DEAD LOVERS segue o romance entre Philip Christoph von Königsmarck e Sophia Dorothea de Celle, sob o fundo do conflito que opõe amor e razões de Estado. Foi o primeiro filme em Technicolor produzido pelo britânico Ealing Studio e tem uma poderosa e barroca paleta cromática. É um dos primeiros filmes de Christopher Lee, num pequeno papel.

Sala M. Félix Ribeiro | Seg. [07] 19:00 | Ter. [08] 15:30

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CAPTAIN HORATIO HORNBLOWER

Epopeia Nos Mares
de Raoul Walsh
com Gregory Peck, Virginia Mayo, Robert Beatty, Denis O’Dea, Christopher Lee
Estados Unidos, 1951 – 117 min / legendado eletronicamente em português | M/12

A obra-prima de Raoul Walsh no campo do swashbuckler. Adaptação das populares histórias de C.R. Forrester sobre as aventuras do capitão Horatio Hornblower na Marinha de Guerra britânica, durante as campanhas napoleónicas. Uma sucessão de aventuras que leva Hornblower a enfrentar um candidato a ditador na América latina e a uma perigosa operação contra a Marinha francesa. Christopher Lee é um capitão espanhol.

Sala M. Félix Ribeiro | Qua. [09] 15:30

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THE MAN WHO COULD CHEAT DEATH

O Homem que Enganou a Morte
de Terence Fisher
com Anton Diffring, Hazel Court, Christopher Lee
Reino Unido, 1959 – 83 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Baseado na peça The Man in Half Moon Street de Barré Lyndon.“Terence Fisher desenvolve um tema que percorre grande parte dos seus filmes, e que tem a ver com o fascínio do Mal, dando a este não a imagem hedionda ‘habitual’ mas a da sedução, a de uma beleza decadente que deixa entrever a decomposição e a podridão, o horror, sob a aparência fascinante. […] Mas este singular THE MAN WHO COULD CHEAT DEATH, que pela sua concentração e unidade de ação, é, sem dúvida, uma das obras maiores de Fisher destaca-se ainda pela série de mitologias que congrega, a começar pela da juventude eterna” (Manuel Cintra Ferreira).

Sala M. Félix Ribeiro | Qua. [09] 21:30 | Sex. [11] 15:30


GREMLINS TWO: THE NEW BATCH

Gremlins 2, A Nova Geração
de Joe Dante
com Zach Galligan, Phoebe Cates, John Glover, Robert Prosky, Christopher Lee
Estados Unidos, 1990 – 106 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Veio na sequência do GREMLINS de 1984 (também realizado por Joe Dante) e é, como o primeiro, um filme de “dois géneros”, terror e comédia. O argumento é de Charles S. Haas e o desenho das criaturas de Rick Baker. A história continua as aventuras de Gizmo, a criatura que se replica em inúmeros pequenos monstros uma vez molhado, e aqui protagoniza uma história nova-iorquina. Christopher Lee surge no papel do Dr. Catheter. Primeira exibição na Cinemateca.

Sala M. Félix Ribeiro | Sáb. [12] 21:30

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EL CONDE DRACULA

Drácula, o Príncipe das Trevas
de Jess Franco
com Christopher Lee, Herbert Lom, Klaus Kinski, Maria Rohm
Espanha, Itália, Alemanha, 1969 – 97 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Baseado no romance de Bram Stoker (Dracula), a versão de Jess Franco (produzido por Harry Alan Towers) tem Christopher Lee no papel do Conde Drácula. Apresentando-se como a mais fiel adaptação cinematográfica do romance, “um dos primeiros – e ainda hoje o melhor – contos do macabro”, é tida como a primeira em que o vampiro é um homem velho no início da história, rejuvenescendo quando se alimenta de sangue novo. Primeira exibição na Cinemateca.

Sala M. Félix Ribeiro | Seg. [14] 15:30

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DRACULA

Horror de Drácula
de Terence Fisher
com Christopher Lee, Peter Cushing, Melissa Stribling
Reino Unido, 1959 – 85 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Em meados dos anos cinquenta, a produtora britânica Hammer começou a explorar, com enorme êxito, o filão do filme de horror, ressuscitando monstros que tinham surgido no cinema anos trinta, como Frankenstein e Drácula. Terence Fisher foi um dos realizadores mais ativos da companhia. HORROR OF DRACULA (título da distribuição americana), esta primeira aventura inglesa do célebre vampiro, é uma obra-prima de género. Também é o primeiro filme em que o Conde Drácula foi encarnado por Christopher Lee, com tanto êxito que participou em mais de dez aventuras do vampiro. Basta vê-lo neste filme para perceber porquê: sólido como uma estátua, mas capaz de bruscos saltos de felino, tem uma presença absolutamente extraordinária.

Sala M. Félix Ribeiro | Seg. [14] 19:00 | Qui. [17] 15:30


DRACULA PRINCE OF DARKNESS

Drácula, Príncipe das Trevas
de Terence Fisher
com Christopher Lee, Barbara Shelley, Andrew Keir
Reino Unido, 1966 – 92 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Segunda incursão de Fisher nas aventuras do famoso conde, oito anos depois de o ter “ressuscitado” em DRACULA. É, para muitos, o melhor de toda a série da Hammer dedicada à personagem criada por Bram Stoker, com Christopher Lee, de novo no papel que marcou a sua carreira, “ressuscitado” graças ao sangue de um viajante que, por acaso, se abrigou no castelo do conde e que um seu servidor vai verter sobre as cinzas do amo. Lee não pronuncia uma só palavra em todo o filme, que domina pelo impacto da sua presença física.

Sala M. Félix Ribeiro | Seg. [14] 21:30 | Qua. [23] 15:30


STAR WARS, EPISODE II: ATTACK OF THE CLONES

Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones
de George Lucas
com Ewan McGregor, Natalie Portman, Hayden Christensen, Christopher Lee, Samuel L. Jackson, Frank Oz
Estados Unidos, 2002 – 142 min / legendado em português | M/12

Dez anos depois da “Ameaça Fantasma” ter ameaçado o planeta Naboo, Padmé Amidala é Senadora e uma fação separatista liderada pelo Conde Dooku tenta assassiná-la. Não havendo Jedi suficientes para defender a República, Palpatine recorre à ajuda de um exército de clones. Entretanto, Obi-Wan Kenobi continua a treinar o jovem Jedi Anakin Skywalker, que por sua vez teme que o Código Jedi proíba o seu romance com Padmé. Destaque para a criação digital da personagem de Yoda e para a sequência de ação no Coliseu. Christopher Lee “é” o Conde Dooku/Darth Tyranus.

Sala M. Félix Ribeiro | Ter. [15] 15:30

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THE TWO FACES OF DR. JEKYLL

As Duas Faces do Dr. Jekyll
de Terence Fisher
com Paul Massie, Dawn Addams, Christopher Lee, David Kossoff, Francis de Wolff
Reino Unido, 1960 – 88 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Baseado em Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde, de Stevenson (1886), a peculiar versão de Fisher, também conhecida como HOUSE OF FRIGHT e JEKYLL’S INFERNO, acentua o seu gosto pelo “charme do mal”. E aqui, Jekyll/Hyde (Paul Massie) é salvo. Christopher Lee interpreta a personagem de Paul Allen. Voltaria a Stevenson em 1971, I, MONSTER, de Stephen Weeks, no duplo papel protagonista (com a personagem renomeada Marlowe e Blake). Primeira exibição na Cinemateca.

Sala M. Félix Ribeiro | Ter. [15] 19:00


THE GORGON

A Morte Passou de Perto
de Terence Fisher
com Peter Cushing, Christopher Lee,Richard Pasco, Barbara Shelley, Michael Goodliffe
Reino Unido, 1964 – 83 min / legendado em espanhol | M/12

Há quem o defenda como o mais romântico e o mais trágico dos filmes de Terence Fisher. É um dos raros filmes da Hammer inspirados na mitologia grega, concretamente na lenda de Medusa e das suas irmãs Esteno e Euríale, conhecidas como as três Górgonas, “a ladina”, “a forte”, “a que corre o mundo”. No filme, ambientado em 1910, numa aldeia alemã, elas são Medusa, Tisiphone e Megaera: sete homicídios cometidos no espaço de cinco anos deram origem às figuras petrificadas de cada uma das vítimas e ao temor das autoridades de que uma lenda local se tenha tornado realidade. É só o início da história, mergulhada no medo. Christopher Lee é um professor, distante da sua imagem de vilão.

Sala M. Félix Ribeiro | Qua. [16] 15:30

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UMBRACLE

de Pere Portabella
com Christopher Lee
Espanha, 1972 – 85 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Usualmente associado a CUADECUC, VAMPYR (1970), UMBRACLE tem, como aquele, fotografia a preto e branco de películas de tipo diferente, e uma banda sonora de Carles Santos, colaborador regular de Portabella. Ao contrário de CUADECUC, tem sequências com som síncrono, de que é exemplo uma cena em que Christopher Lee declama O Corvo, de Edgar Allan Poe, e canta ópera num teatro vazio, ou uma outra que capta uma discussão sobre censura entre realizadores espanhóis. Portabella explora a linguagem do cinema experimental aqui trabalhando com um ator vindo de outros universos. “Lee ofereceu-se, com prazer, para interpretar as minhas ideias. Consegui mesmo que fizesse o que para um ator é o mais duro: nada” (Pere Portabella).

Sala M. Félix Ribeiro | Qua. [16] 19:00

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THE DEVIL RIDES OUT

de Terence Fisher
com Christopher Lee, Charles Gray, Patrick Mower, Niké Arighi, Leon Greene
Reino Unido, 1968 – 95 min / legendado eletronicamente em português | M/12

Antepenúltimo filme de Fisher (que depois assinaria dois últimos “Frankenstein”: FRANKENSTEIN MUST BE DESTROYED e FRANKENSTEIN AND THE MONSTER FROM THE HELL). Também conhecido como THE DEVIL’S BRIDE, adapta um best seller de 1934 de Dennis Wheatley centrado numa seita de adoradores do diabo. THE DEVIL RIDES OUT é “um filme premonitório. É ele que abre a tendência demoníaca do cinema de terror moderno. Houve antes alguns exemplos ilustres na exploração do tema da magia negra e do satanismo. […] Só no ano seguinte apareceria o filme que oficialmente ‘inauguraria’ o género, ROSEMARY’S BABY, de Roman Polanski” (Manuel Cintra Ferreira). A apresentar em cópia digital.

Sala M. Félix Ribeiro | Qua. [16] 21:30 | Ter. [29] 15:30


THE MUMMY

A Múmia
de Terence Fisher
com Peter Cushing, Christopher Lee, Yvonne Furneaux, Eddie Byrne, George Pastell
Reino Unido, 1959 – 88 min / legendado eletronicamente em português | M/12

“Its evil look brings MADNESS! Its evil spell ENSLAVES! Its evil touch KILLS, KILLS, KILLS! ALL NEW! In Terrifying Technicolor!”. O cartaz de THE MUMMY prometia e o filme cumpre, poderosamente visual em mais uma “história Hammer” de criaturas amaldiçoadas. A “múmia” é o terceiro monstro do estúdio, criado a partir de um argumento originalmente escrito para cinema numa variação de A MÚMIA de Karl Freund com Boris Karloff (1932). “A múmia era um autómato imparável, mas muito humana nas suas reações, especialmente quando encontrava a reincarnação da sua bem amada princesa. Tive que fazer tudo através dos olhos e das posições do meu corpo” (Christopher Lee).

Sala M. Félix Ribeiro | Sex. [25] 15:30

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